Emicida e Pretinho da Serrinha estão na estreia de série musical. (Imagem: Divulgação) |
A grande efervescência musical vivida pelo Brasil na década de 70 fez com que discos de importantes artistas da época não recebessem a merecida atenção da mídia. A série musical exclusiva do Curta! "Ímpares", que estreia na Segunda da Música, 21, às 20h, pretende resgatar essas grandes obras renegadas. Ao longo de 10 episódios, figuras de peso da música brasileira contemporânea como Criolo, Bayana System e Tulipa Ruiz irão realizar releituras inéditas de álbuns de Jards Macalé, Di Melo, Itamar Assumpção, Walter Franco, Jorge Mautner, Pedro Santos, Ronnie Von, Verocai, Marku Ribas e Sérgio Sampaio. No episódio de estreia, Emicida e Pretinho da Serrinha endossam, cada um em seu estilo, os ingredientes da identidade brasileira das músicas "Kilariô" e "A vida em seus métodos diz calma”, do primeiro disco do cantor e compositor Di Melo, que também participa do programa. Com direção de Henrique Alqualo e Isis Mello, direção musical de Berna Ceppas e realização da Lunar Multimídia e da Moa Filmes, “Os Ímpares” foi produzida através de financiamento pelo Fundo Setorial do Audiovisual da ANCINE.
Primeira produção do cineasta Murilo Salles idealizada para a TV, a série documental “Alegorias do Brasil” estreia com exclusividade na Quinta do Pensamento, 24, às 23h30. Em 13 episódios, as alegorias brasileiras - ou seja, as expressões culturais que afirmam a nossa identidade – serão colocadas em discussão e analisadas por escritores, pensadores, filósofos e personalidades da atualidade. Nomes como Vladimir Safatle, Silviano Santiago, Maria Rita Kehl e Nuno Ramos discutem e propõem reflexão sobre assuntos que vão do patrimonialismo e a cordialidade até a felicidade. No primeiro episódio, uma discussão sobre o caráter fragmentado e imaginativo da construção da identidade brasileira. A série “Alegorias do Brasil” é uma produção da Cinema Brasil Digital com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual da ANCINE.
Um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, o ator e diretor Gianfrancesco Guarnieri é tema do documentário inédito “Guarnieri”, que estreia no Curta! na Terça das Artes, 22, às 22h20. Dirigido por seu neto, Francisco Guarnieri, o filme foi produzido com exclusividade para o Curta! pela Mira Filmes, com financiamento do FSA. Entre arquivos íntimos e públicos, entrevistas e encenações, Francisco vai além da trajetória profissional e se aprofunda no conflito artístico e político entre as três diferentes gerações da família: o avô, os filhos e o neto. Bem recebido pelo público e pela crítica, o longa foi exibido em 2017 na Mostra de Cinema de Tiradentes e no Festival de Cinema de Brasília, e, no mês de abril deste ano, esteve em cartaz nos cinemas de várias cidades brasileiras. E, logo antes da exibição do filme no canal, vai ao ar, às 22h, o episódio da série Grandes Cenas sobre um dos filmes mais icônicos em que Guarnieri atuou, "Eles Não Usam Black-tie". O longa foi dirigido por Leon Hirzsman e baseado na peça de mesmo nome escrita pelo próprio Guarnieri.
A quarta parte do documentário “Imagens do Estado Novo 1937-45” será exibida na Sexta da Sociedade, dia 25, às 23h. Neste episódio, as consequências para o Brasil do rompimento das relações diplomáticas com os países do eixo: ataque a navios brasileiros, inflação, racionamento de alimentos e o desgaste de um regime autoritário que, contraditoriamente, apoiava a democracia na Europa. Recorrendo a vasto material de arquivo, o diretor Eduardo Escorel aprofunda e ressignifica o período ditatorial de Getúlio Vargas (1937-1945).
Já na Quarta de Cinema, dia 23, às 21h10, quem está em destaque é o irmão de Eduardo Escorel, o fotógrafo de cinema Lauro Escorel. Na série “Luz & Sombra – Fotógrafos do Cinema Brasileiro”, é apresentada a trajetória do renomado cineasta, que recebeu o prêmio de melhor fotografia no Festival de Gramado em seu trabalho de estreia como diretor de fotografia, no longa “São Bernardo” (1971), de Leon Hirzsman. Antes, Escorel já havia sido assistente de grandes nomes como Dib Lutfi e Affonso Beato. Além de receber diversos outros prêmios por seu trabalho na fotografia, Lauro dirigiu o curta "Libertários" e o longa "Sonho sem fim", vencedor em cinco categorias no Festival de Gramado de 1986, incluindo a de melhor filme.
Ainda na Quarta de Cinema, mas às 20h, a faixa “A Vida é Curta!” exibe produções que revelam as facetas mais íntimas de grandes artistas. “Tomie”, documentário dirigido pela cineasta Tizuka Yamasaki, coloca em foco os detalhes da vida pessoal de Tomie Ohtake, pintora, gravadora e escultora japonesa naturalizada brasileira, expoente do abstracionismo. Em seguida, “Glauces, o Estudo de um Rosto”, de Joel Pizzini, traz um ensaio poético-cinematográfico singular sobre Glauce Rocha (1933-1971), uma das maiores atrizes do cinema brasileiro.
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