A infância durante a Segunda Guerra é tema de documentário que estreia no Canal Curta!

A infância durante a Segunda Guerra é tema de documentário que estreia no Curta!. (Imagem: Divulgação)
No rastro de destruição provocado pela Segunda Guerra, o conflito mais letal da História, um grupo em particular ainda não teve seu sofrimento propriamente narrado: as crianças. Para toda a geração de pessoas que tinha dez anos em 1940, as cenas de horror continuam vivas na memória. “A Guerra das Crianças”, documentário exibido no  Curta! em duas partes a partir da Sexta da Sociedade, 30, às 23h, traz alguns desses sobreviventes e suas histórias. Dirigido pelos franceses Julien Johan e Michèle Durren, a produção mostra como, de uma hora para outra, esses meninos e meninas perderam sua inocência ao conviverem diretamente com todos os horrores dos 5 anos de combate: deportação, fome, trabalho forçado, morte.

Usando um formato de exibição diferente do habitual e longos planos-sequência em preto e branco, o primeiro longa-metragem de Eduardo Nunes "Sudoeste" provocou plateias no Brasil e no exterior. A linguagem original consagrou o cineasta, que, agora, terá sua trajetória contada em episódio inédito da série “A Linguagem do Cinema”, na Quarta de Cinema, 28, às 21h. Nunes é formado em cinema pela UFF e herda as tradições do cinema intelectual moderno que tratam, entre outros aspectos, de um tempo idílico e do mundo rural brasileiro. Dirigida por Geraldo Sarno, “A Linguagem do Cinema” é uma coletânea de dez títulos que investiga o processo criativo de importantes realizadores e técnicos do cinema nacional, incluindo Lúcia Murat, Cacá Diegues, Rosemberg Cariri Eryk Rocha, Cao Guimarães, Luiz Carlos Barreto, entre outros.

Também na Quarta de Cinema, 28, só que mais cedo, às 20h, o tempo é o personagem principal da faixa temática “A Vida é Curta!”. Abrindo a sessão, estreia no Curta! “Tempo real”, ficção científica que marca a estreia da atriz Joana Limaverde na direção. Na história que dirige em parceria com Mino Barros Reis, o tempo é a única saída. O elenco conta com atores como Ana Markun, Heitor Martinez e Simone Soares. Depois, é a vez de “A Cidade”, de Liliana Sulzbach. O documentário mostra a cidade de Itapuã, no Rio Grande do Sul, que já abrigou quase 1.500 pessoas durante seus mais de 70 anos de existência, mas que hoje conta apenas com 35 moradores, todos acima de 60 anos e com hábitos bem característicos. Na sequência, “3 Minutos”, da diretora Ana Luiza Azevedo, mostra as reviravoltas que a vida pode dar em apenas 180 segundos. Com roteiro de Jorge Furtado, o filme foi aclamado pela crítica nacional e internacional. Encerrando a faixa, “Oma”, documentário de Michael Wahrmann, aborda o descompasso da relação do diretor com a avó, que fala apenas alemão, enquanto ele se comunica em espanhol.

Na Segunda da Música, 26, o Barão Vermelho, uma das principais bandas do rock brasileiro, é destaque em dose dupla. Às 20h, em episódio da série “As Canções da Minha Vida”, o cantor e compositor Rodrigo Suricato, atual vocalista da banda, fala sobre sua relação com a música e as canções que fazem parte do seu repertório e de sua memória afetiva. O artista relembra o início da carreira, quando cantava em bares, à noite, e presta uma homenagem ao cantor e compositor Djavan antes de apresentar uma versão instrumental de "Faltando um Pedaço". A série musical “As Canções da Minha Vida” foi financiada pelo Fundo Setorial do Audiovisual, produzida pela Raccord, com direção de Bruno Levinson e produção executiva de Clélia Bessa. Depois, às 22h, é vez do documentário “Barão Vermelho – Por Que a Gente é Assim?”. O filme mostra a trajetória do grupo que surgiu em 1981, da vontade dos amigos Guto Goffi e Maurício Barros de criar uma banda de rock´n roll. Estão lá, desde o convite a Roberto Frejat e Dé Palmeira, a caça ao vocalista ideal, Cazuza, até suas mais recentes formações. É o percurso de um conjunto que marcou a música brasileira ao ser um dos precursores do chamado BROCK, movimento musical do rock nacional. Dirigido por Mini Kerti, o longa é uma coprodução entre o Barão Vermelho e a Conspiração Filmes, e teve financiamento pelo Fundo Setorial do Audiovisual.

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