Estreia no Curta! “Sal da Terra”, documentário indicado ao Oscar. (Imagem/Divulgação) |
A trajetória do aclamado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que percorre os lugares mais distantes do planeta capturando registros extraordinários com seu olhar apurado, é revelada no documentário “Sal da Terra”, que o Curta! exibe na Terça das Artes, 5, às 22h. Indicado ao Oscar de melhor documentário em 2015, “Sal da Terra”, que também recebeu menção honrosa na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2014, mostra a obra de Sebastião Salgado e sua forma de se aproximar da natureza para retratá-la. Dirigido pelo brasileiro Juliano Salgado, filho de Sebastião, e pelo diretor alemão Wim Wenders, o filme passeia por imagens capturadas pelo fotógrafo ao longo de mais de quatro décadas de viagens por todo o mundo, incluindo visitas a áreas isoladas de todo contato humano.
A arte que vem do barro e a influência da terra na cultura e na vida dos moradores da região de Veredas, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, entra em destaque na Sexta da Sociedade, 8, às 22h30. O Curta! apresenta o documentário “Do pó da terra”. O filme é a estreia do fotógrafo Maurício Nahas como diretor de cinema e revela o cotidiano de 12 ceramistas, na maioria mulheres, que encontram no artesanato sua sobrevivência e também sua identidade. Nahas apresenta as trajetórias individuais que formam a coletividade cultural da região e a levam até o exterior, como Izabel Mendes da Cunha, a primeira artesã do Jequitinhonha a ter seu trabalho reconhecido fora do país.
Na Quarta de Cinema, 6, a faixa “A Vida é Curta” apresenta uma seleção de filmes policiais. Abrindo a sessão especial, às 20h, “Dossiê Rê Bordosa”, de Cesar Cabral. O documentário em animação stop motion investiga os motivos reais que levaram o icônico cartunista Angeli a matar sua mais famosa criação, Rê Bordosa. Na sequência, é a vez de “Chapa”, de Fábio Montanari. Vencedor dos prêmios “Aquisição Canal Curta!” e “Porta Curtas” no Festival Internacional de Curtas de São Paulo de 2015, “Chapa” conta a história de dois amigos, Chapa e Feola, que são injustamente demitidos da padaria onde trabalharam por mais de 20 anos. Eles decidem se vingar e assaltar o local. Mas a dupla precisa realizar o crime antes que o primeiro jogo do Brasil na Copa comece. Encerrando a sessão com filmes policiais, é a vez de “Ao meu pai com carinho”. O público vai poder conferir a atuação do cantor e ator Tiago Abravanel antes de se tornar famoso. Em 2010, com visual bem diferente, ele interpretou o jovem entediado Bruno no filme de Fausto Noro. Em “Ao meu pai com carinho”, o personagem atende uma ligação telefônica de bandidos que haviam raptado um jovem, vítima de sequestro–relâmpago. Acreditando ser um trote, Bruno resolve brincar com os sequestradores.
Ainda na Quarta de Cinema, às 23h, o episódio inédito da série “Luz & Sombra - Fotógrafos do Cinema Brasileiro” apresenta a trajetória do diretor de fotografia Cezar Moraes, que estabeleceu uma estreita relação com o cinema infantil ao trabalhar em diversos filmes dos Trapalhões na década de 1980. Sobrinho do também diretor de fotografia Fernando Duarte, um dos principais responsáveis pelas características visuais do Cinema Novo, Cezar Moraes também experimentou técnicas na produção audiovisual brasileira, como quando fotografou "Era Uma Vez..." (1993), com técnicas de vidro pintado, o chamado Matte Painting. Além disso, foi o pioneiro da captação digital no Brasil, trazendo dos Estados Unidos os equipamentos e a técnica para filmar em HD "Xuxa e os Duendes" (2001), o primeiro filme em digital feito no país. Antes disso, porém, Cezar Moraes trabalhou como assistente de câmera durante 12 anos até se consolidar como diretor.
Na Quinta do Pensamento, às 23h30, o episódio inédito da série exclusiva “Imortais da Academia” passeia pela cadeira de número 12 da Academia Brasileira de Letras e revela alguns de seus principais ocupantes. O programa traz a genealogia da posição, desde o seu patrono, o comediógrafo França Júnior, passando pelo fundador, o folhetinista Urbano Duarte e vai até o atual ocupante da cadeira número 12, o crítico Alfredo Bosi. Produzida pela Giros e dirigida por Belisario Franca, “Imortais da Academia” conduz o público em um passeio pelo presente e pelo passado da ABL e é uma série financiada pelo Fundo Setorial Audiovisual, o FSA.
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