Para ele o acordo não deve durar por muito tempo, e que é insustentável e todos tiveram que ceder. (Imagem/Reprodução) |
O presidente da Claro Brasil que reúne (NET, Claro e Embratel) José Felix, falou sobre o acordo que foi finalmente acertado com as emissoras de TV aberta (Record, SBT, e Rede TV) no evento do Painel Telebrasil 2017, que ocorreu nesta quarta, dia 20. Para ele, a inclusão dos canais na grade da NET/Claro não tem como prevalecer no futuro. Ele voltou a defender que não há motivos para a TV por assinatura pagar por uma transmissão que é gratuita.
Ele entende que a negociação com a Simba ocorreu em um momento em que as emissoras de TV aberta representadas pela joint-venture (Record, Rede TV e SBT) "caíram na realidade" e aceitaram reduzir o valor que queriam cobrar por usuário. "A realidade da TV por assinatura, no momento de estagnação da economia que a gente vive, não é compatível com a ideia de se pagar R$ 15 por assinante", Declarou.
“Não sei quanto tempo esse acordo vai durar. No futuro essas coisas não vão se sustentar. TV paga é TV paga. TV aberta é TV aberta e cada um tem que viver com seus meios. Houve muitas adesões à nossa tese de que um sinal que está no ar não tem que ser pago”, afirmou Félix. Ele não quis confirmar o valor do acerto, que teria ficado em R$ 0,55 por assinante. “São poucos centavos, mas todos são centavos nesse negócio”, emendou.
Na avaliação de Félix, os dois lados acabaram por ceder. "Não teve ganhador nem perdedor, o que houve foi negociação. Os dois lados abriram mão de suas convicções", argumenta. "Eles estavam convictos de que tinham um valor X para seu conteúdo, abriram mão dessa convicção. Nós estávamos convictos de que não tínhamos que pagar por TV, abrimos mão desse negócio e fechamos um acordo." Mas a trégua não necessariamente será para sempre. Ele cita ainda que não houve "apoio incondicional da sociedade" ao lado das emissoras, e que a conta da demanda das empresas seria paga pelo próprio consumidor.