Publicitários pressionam Record, RedeTV!, SBT. (Imagem/Divulgação) |
Como era de se esperar, a guerra entre Simba – joint-venture formada por Record, RedeTV! e SBT – e operadoras de TV paga atingiu quem não podia ser atingido: o mercado publicitário. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, as emissoras começam a sentir os efeitos da saída intempestiva da TV por assinatura; estas, por sua vez, são pressionadas por assinantes e os anunciantes padecem com a fuga do público consumidor.
Acontece que a guerra já está causando prejuízo financeiros ou de imagem para todos os lados: As TVs abertas são prejudicadas porque perderam a exibição em TV por assinatura no mercado mais importante do país, São Paulo
O fato é que muitos anunciantes têm interesse em anunciar nas TVs abertas justamente por causa do público consumidor da TV por assinatura. Então estão sofrendo prejuízo também por causa da menor exposição.
Embora fontes ouvidas nas três emissoras garantam que “está tudo bem”, o mercado publicitário está pressionando os dois lados a chegarem a um acordo de uma vez. O pior é que tal desfecho não está no horizonte neste momento.
As agências de publicidade já começam a pressionar ambos os lados em busca de uma solução para o impasse. Embora os canais garantam que tudo está sob controle, já é sabido que Record, RedeTV! e SBT estão oferecendo “descontos progressivos” em tabelas publicitárias, para garantir a presença de anunciantes, que perderam “vitrine” com o desacerto da Simba com a TV paga.
Na proposta feita ao mercado publicitário, as emissoras propõem mais espaço em dias e horários. Para ter onde alocar tais anúncios, as estações estão abrindo mão de anunciar suas atrações. Os três canais já estão recuperando a audiência, embora ainda aquém dos patamares atingidos anteriormente.
Record, RedeTV! e SBT não autorizaram a transmissão de seus sinais digitais pelas operadoras de TV por assinatura; através da Simba, as três emissoras cobram uma remuneração destas últimas, conforme estipulado em lei desde o apagão analógico. Acontece que as empresas de TV fechada se negam a pagar – e acabam nas mãos dos assinantes, que exigem os canais abertos de volta.