Com preço mais baixo, Emissoras do Simba estão longe de um acordo. (Imagem/Reprodução) |
Desde o último dia 30, as três redes estão fora dos pacotes da Oi, NET, Sky e Claro na Grande São Paulo e Distrito Federal, onde já ocorreu o apagão analógico. Suas audiências caíram de 20% a 30%. Apavoradas com os estragos que isso pode causar nas receitas publicitárias, já baixaram seus preços pela metade.
Segundo um executivo que acompanha as conversas entre emissoras e operadoras, o status das negociações progrediu de "impossível" para "muito difícil".
As empresas de TV por assinatura consideram muito caro pagar R$ 7,00 por assinante. Isso significaria o desembolso de até R$ 130 milhões por mês para as emissoras, ou R$ 1,5 bilhão por ano, considerada a atual base de assinantes. Avaliam que a perda de receitas com o cancelamento de assinaturas por parte de clientes insatisfeitos seria bem menor.
Além da redução de preços, a Simba, empresa formada pela três redes, está oferecendo mais três novos canais, ainda a serem criados. Um desses canais seria de reprises de programas das emissoras; outro, de esportes; o terceiro, de notícias.
A Simba também está oferecendo um período de carência para as operadoras começarem a pagar. O valor "cheio" (R$ 7,00) só será cobrado quando todo o país estiver 100% digitalizado e os três novos canais operando. Isso deve levar uns 3 anos.
Com o fim da TV analógica, as redes abertas passaram a ter o direito de cobrar por seus sinais digitais, antes distribuídos gratuitamente pelas operadoras de TV paga. Record, SBT e RedeTV! formaram uma joint venture, a Simba, para terem maior força de negociação.
Desde o dia 30, com o fim da TV analógica em São Paulo, as emissoras estão cobrando por seus sinais. Como ainda não houve acordo, cerca de 7 milhões de telespectadores, aqueles que só veem TV aberta por cabo ou satélite, estão sem acesso às programações de Record, SBT e RedeTV!. Assinantes de Brasília estão na mesmo situação.
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