A plataforma NOW das operadoras NET e Claro cresce em acessos, mas ainda mantém 4K distante nos planos

NOW cresce em acessos com mais de 700 milhões. (Imagem/Reprodução)
Inaugurada em 2011, o serviço de vídeos on-demand da NET e Claro, o Now, é atualmente uma das apostas da empresa para enfrentar o avanço de empresas over-the-top (OTT) como a Netflix. O diretor de produtos de vídeo da Net e Claro, Alessandro Maluf, argumenta que a solução brasileira tem mostrado crescimento como OTT, mas que o acesso nas próprias TVs ainda é dominante: elas são pelo menos 30 vezes mais utilizadas do que a plataforma na Web. "Mas o crescimento do acesso online vem acelerando bastante principalmente na Claro TV, que não tem esse conteúdo disponível no controle", contou a este noticiário. Ele diz que a plataforma já conta com 700 milhões de acessos por ano, "crescendo todo mês", mas não abriu números de usuários. A própria inclusão do serviço Claro Vídeo no Now de forma gratuita para assinantes também fez aumentar o consumo, explica Maluf.

Por outro lado, a resolução Ultra HD (4K) ainda não deve se concretizar no Now. Se por um lado os televisores capazes de suportar a tecnologia estão se popularizando e barateando, o executivo avalia que não há uma mudança tão chocante quanto foi do SD para o HD e, por isso, não haverá uma migração com mesma velocidade e adoção. "Talvez por já ter o formato widescreen (com a relação de 16:9 na tela), não dá a mesma sensação de 'uau', mas é algo que vai acontecer", declara.

Maluf entende que o investimento em VOD é um caminho inevitável para o mercado, e que hoje até programadores como a Globosat experimentam o produto com estreias de conteúdo antecipadas e para a divulgação de séries com horários menos acessíveis na programação linear. Apesar de haver dificuldades na negociação do licenciamento, ele acredita que é uma "transição e oportunidade para todos estarem no negócio", incluindo as novas possibilidades de métrica de audiência. "Não temos mais concorrência só com a Sky, hoje é com o YouTube TV também, está todo mundo no mesmo barco, tanto programador, como conteúdo, como Netflix", avalia. 

Maluf, diz que a crise afetou muito a penetração da TV paga, que precisou criar "alternativas com preço menor". "Essa alternativa hoje é o Netflix, que é barato, mas não tem 1% do conteúdo que tem na TV por assinatura", declara. "A crise é grande, mas temos que aprender a ter criatividade para novos modelos", avalia.

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