Anuncio do corte de sinal do Simba é um exagero, teatro e terrorismo comercial na TV paga. (Imagem/Reprodução) |
Puro exagero puro, autêntico teatro de guerra. Primeiramente, as próprias emissoras ainda não bateram o martelo se irão mesmo cortar seus sinais de Net, Oi, Sky, Claro e Vivo na próxima quarta, quando ocorrerá o apagão analógico na Grande São Paulo e as emissoras, legitimadas pela legislação, poderão cobrar por seus sinais digitais.
Há muita coisa em jogo. A principal delas, uma provável queda de audiência, já que metade dos lares de uma das maiores metrópoles do mundo vê TV aberta por meio do cabo e do satélite.
Em segundo lugar, não é verdade que as operadoras se recusam a negociar com as emissoras. Os sinais da Record e do SBT são muito relevantes para elas, representam quase 20% da audiência,e essas empresas terão um sério problema se abrir mão das redes.
A Simba, empresa criada pelas três redes para trabalhar a distribuição de seus conteúdos em ambientes monetizados, só anunciou a contratação de um negociador no último dia 13, portanto, há menos de duas semanas. Tido como um negociador duro e experiente, Marco Gonçalves, ex-BTG Pactual, teve muito pouco tempo para agir.
Somente na última quarta (22) é que Gonçalves sentou à mesa com executivos da Net e da Claro, que, juntas, são mais da metade do mercado de TV paga. Prometeu enviar uma proposta comercial para as operadoras da América Móvil no início da próxima semana.