A sexa do Rio Colorado é o tema do Discovery Documenta. (Imagem/Divulgação) |
A seca nos Estados Unidos é situação alarmante que se agrava a cada ano – com a possibilidade de um extenso período de estiagem, ela tende assumir proporções catastróficas e traz uma importante lição ao mundo: causas com origem humana só podem ser sanadas em a ação coordenada envolvendo toda a sociedade.
Neste domingo, 26 de fevereiro, às 23h10, “Discovery Documenta” apresenta algumas das iniciativas que visam identificar as origens do problema e suas soluções emergenciais com a estreia de A GRANDE SECA DO RIO COLORADO (Killing the Colorado).
Desenvolvido conjuntamente por seis diretores – Rob Epstein, Jeffrey Friedman, Barbara Kopple, Jesse Moss, Alan e Susan Raymond – e baseado em série de reportagens de Abrahm Lustgarten, o documentário foi realizado em parceria com a agência independente de jornalismo investigativo ProPublica e reúne fontes entre especialistas em recursos hídricos, estudiosos e o governador do Estado do Colorado, John Hickenlooper.
Com uma hora de duração, o filme fornece um panorama da escassez que afeta cerca de 40 milhões de americanos, moradores de sete estados, todos eles com fornecimento dependente de uma principal fonte: o rio Colorado que, por sua vez, é evidência irrefutável da seca. A partir das análises feitas por suas fontes, a produção propõe soluções inovadoras e urgentes para reverter o cenário de catástrofe iminente.
O esgotamento dos recursos hídricos trará consequências a longo prazo: mesmo que a seca terminasse hoje, seriam necessários anos para restaurar os reservatórios exaustos e as águas subterrâneas. Em virtude do aumento exponencial da produção agrícola e da expansão populacional, a água precisa sair do rio, passando através das fronteiras estaduais, para satisfazer a sede de habitantes do deserto e irrigar as fazendas que fornecem a maioria dos alimentos daquele país.
Além dos conflitos entre as demandas rural e urbana, que geram entraves nas discussões de soluções comuns, há duas outras linhas exploradas pelo documentário: a infraestrutura formada por barragens e canais é ineficiente e, embora possibilite a existência de oásis como Las Vegas, gera perdas de milhões de litros em vazamentos e evaporação; por outro lado, o mercado financeiro de Wall Street se envolveu recentemente na negociação da água, uma atividade com resultados controversos.
A GRANDE SECA DO RIO COLORADO visita Crowley, cidade do Colorado que se transformou em uma comunidade fantasma depois de aceitar a melhor oferta para vender sua água. Por outro lado, o fundo Water Asset Management obteve sucesso em cidades como Prescott Valley, no Arizona, para distribuir a água de forma mais igualitária.
O aumento na demanda deve continuar enquanto cidades como San Diego e Denver seguem em expansão. Como resultado, todos, desde autoridades políticas a moradores, terão de inovar, criando novos sistemas para economizar, proteger e preservar, além de modelos sustentáveis que possam ser replicados.
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