Apesar de crise, a audiência da TV paga segue firme e forte. (Imagem/Reprodução) |
O registro do crescimento da audiência é uma boa notícia após um ano crítico para o setor. Entre novembro de 2015 e o mesmo mês de 2016, segundo os últimos dados divulgados pela Anatel, as operadoras perderam 252.629 clientes, uma redução de 1,83%. Em 2015, a queda foi ainda maior, de 3,1%. Antes da crise, em 2014, a TV paga havia crescido 8,7% no período de um ano.
Ainda de acordo com a Kantar IBOPE, o tempo médio que o telespectador dedicou ao consumo de TV (aberta e por assinatura) aumentou 16 minutos em 2016. Em média, os brasileiros assistiram 6 horas e 17 minutos de conteúdo televisivo por dia. Em 2015, esta média era de 6 horas e 1 minuto.
Os dados do IBOPE também mostram crescimento de audiência de TV entre os jovens. O tempo médio dedicado à programação pelas crianças de 4 a 11 anos subiu 2,9% em 2016. Entre 12 e 17 anos, a evolução foi de 3,1%. E a faixa etária com maior crescimento de tempo médio dedicado à TV foi a entre 18 e 24 anos (+6,7%).
"Mesmo com o consumo de mídia sendo diversificado em outras telas e plataformas, a TV mantém o crescimento", analisa a diretora de Video Audience Measurement da Kantar IBOPE Media, Fábia Juliasz.
Os jovens entre 18 e 24 anos foram os que mais aumentaram o tempo que dedicam para assistir TV, com 6,7% de crescimento, seguidos pelos adolescentes entre 12 e 17 anos (3,1%) e as crianças entre 4 e 11 anos (2,9%).
Os jovens entre 18 e 24 anos foram os que mais aumentaram o tempo que dedicam para assistir TV, com 6,7% de crescimento, seguidos pelos adolescentes entre 12 e 17 anos (3,1%) e as crianças entre 4 e 11 anos (2,9%).
Investimento publicitário
O crescimento de audiência da TV por assinatura também tem levado mais anunciantes a este meio. Em 2016, o investimento em propaganda nos canais pagos cresceu 8,9%, enquanto no geral o mercado publicitário apresentou uma queda de 1,6% (de acordo com a Kantar IBOPE).
"Todos estes dados comprovam a força da TV por assinatura no Brasil, como um dos meios de melhor relação custo-benefício em termos de variedade e qualidade de lazer, cultura e informação, e acessível em todo território nacional. Isso sinaliza que a base de assinantes voltará a crescer tão logo as condições econômicas do país sejam mais favoráveis", afirma Oscar Simões, presidente da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).