Documentário "Telescópio: O Universo Revelado". (Divulgação) |
Olhar para o espaço, enxergar cada vez mais longe por entre as estrelas em busca de respostas sobre nós, humanos: essa é uma aventura que teve início há mais de 400 anos e que o “Discovery Documenta” revisita em TELESCÓPIO: O UNIVERSO REVELADO (Telescope).
Com estreia neste domingo, 29 de janeiro, às 23h10 no Discovery, como parte da faixa de programação mensal apresentada por Dudu Azevedo, o documentário original conta com uma hora de duração e é dirigido por Nathaniel Kahn, indicado duas vezes ao Oscar (com My Architect e Two Hands: The Leon Fleisher Story).
TELESCÓPIO: O UNIVERSO REVELADO acompanha a construção do maior e mais avançado telescópio espacial, o James Webb, ou apenas “Webb”, que deve substituir o Hubble a partir de 2018. A produção teve acesso aos laboratórios da NASA, em Maryland, e a fontes que fazem parte do grupo de astrofísicos, astrônomos e engenheiros à frente do projeto. Os ganhadores do prêmio Nobel de Física Adam Reiss (2001) e John Mather (2011) estão entre os que falam às câmeras.
O filme recorre à história e narra como os telescópios surgiram: utilizando princípios óticos elementares – alguns deles empregados ainda hoje, no Webb, para mostrarem tudo o que sabemos sobre o universo. Desde os primórdios, com as observações de Copérnico, passando pelos estudos de Galileu e o modelo reflexivo de Newton, chegando aos desafios enfrentados pela equipe responsável Hubble e o futuro da astronomia com o Webb, o telespectador conhecerá como a evolução da tecnologia nos fez ver além e quais as perguntas e respostas encontradas na vastidão do cosmos ao longo dos quatro últimos séculos.
No final do século XX, o telescópio espacial Hubble, nome dado em homenagem ao precursor Edwin Hubble, revelou a existência de galáxias que jamais imaginamos; testemunhou nascimento e morte de estrelas, a existência da matéria escura, e trouxe perguntas sobre vida nos exoplanetas, sobre a eventual capacidade de adaptação da vida humana a ambientes fora da Terra, além da necessidade de calcular distâncias astronômicas cada vez maiores. 100 vezes mais sensível que seu antecessor, Webb promete fazer revelações sobre essas dinâmicas do universo e trazer à tona outros dos infinitos mistérios guardados no espaço.
A NASA trabalha para que o novo telescópio seja capaz de ir muito além do que o Hubble pode captar. A construção e o lançamento constituem uma empreitada que mobiliza equipe de especialistas cientes da ausência de qualquer margem para erros – o telescópio ficará a 1.600.000 quilômetros da superfície terrestre, impossibilitando eventuais reparos.
Cerca de mil pessoas já trabalharam no projeto do Webb, representantes de 14 diferentes nacionalidades. As pesquisas receberam mais de oito bilhões de dólares em recursos para esta que é reconhecida como uma das missões mais ambiciosas da NASA. A data prevista para o lançamento é outubro de 2018.
Sara Seagar, astrônoma, cientista planetária e professora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), afirma: "Não há dúvida de que há uma outra terra lá fora. Webb permitirá que comecemos a esboçar algumas respostas para muitas destas questões, para entendermos nosso lugar no universo e encontrarmos o caminho para o que um dia será a grande jornada para além o sistema solar". Enquanto refletem o infinito em uma viagem às luzes do passado, as lentes do Webb têm muito a dizer sobre nós.
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