Canal Viva exibe episódio inédito de 'Os Anos 80 Estão de Volta' neste domingo

A invasão do universo infantil na TV. (Divulgação)
A série "Os Anos 80 Estão de Volta" aborda neste domingo, dia 29 de janeiro ás 18:30h, no Canal Viva, a invasão do universo infantil na televisão brasileira. A edição conta com depoimentos de Afonso Nigro, Byafra, Evandro Mesquita, Guilherme Arantes, Guto Graça Mello, Juninho Bill, Leo Jaime, Michael Sullivan, Paulo Aragão, Orival Pessini, Sylvinho Blau Blau, entre outros nomes.

A música criada para crianças e adolescentes foi bastante forte na década de 1980 e a ela se dedicaram desde grandes nomes da MPB até artistas mirins. O programa recorda especiais realizados por Augusto Cesar Vannucci para a Globo como "Pirlimpimpim". Em paralelo, A Turma do Balão Mágico e o Trem da Alegria tornaram-se verdadeiros ícones das crianças. Juninho Bill, um dos integrantes do Trem da Alegria, conversou com o programa e relembrou momentos da época.

Na esteira do sucesso dos Menudos, apareceram as boy bands Polegar e Dominó. "A minha amizade com os meninos do Dominó vinha de bem antes. Eu, Marcos [Quintela] e o Marcelo [Rodrigues] éramos concorrentes em publicidade, já tínhamos começado nossa carreira com 8, 9 anos de idade. Quando teve o teste para o Dominó, conhecemos o Nill. Foi muito bacana, foi uma junção de profissionais de muita capacidade. Por isso, aquele sucesso estrondoso. Lembro que, em uma semana, já ganhamos o disco de ouro, e não conseguíamos sair na rua. Nem nós entendíamos o que estava acontecendo. Tínhamos 13 e 14 anos, imagina! Aí foi muito importante ter pessoas na equipe que nos orientavam mesmo, pq para você se perder no meio do caminho é muito fácil: você tem grana, está cada vez em uma cidade, em um país", explica Afonso Nigro.

Xuxa, Angélica e Mara Maravilha são outros destaques da invasão infantil na TV. Guto Graça Mello recorda o começo do fenômeno Xuxa: "Ninguém acreditava que o disco de estreia fosse vender. Nos primeiros dez dias, bateu 100 mil. Mais dez, quinta dias... 250 mil. Aí foi disco de Ouro, Platina, Duplo Platina, Quádruplo Platina, Oito Platinas. E não parava de vender! Foi a primeira vez no mundo de um disco de Diamante, não havia até então. Para o primeiro álbum, era uma luta de arrumar repertório. No segundo, não houve um artista brasileiro que não quisesse mandar música pra ela!".

Durante o programa, Sylvinho Blau Blau também dá seu depoimento sobre essa fase musical do Brasl. "É impressionante como essa geração 80 é rica em vários aspectos. Essa questão infantojuvenil é emblemática. Foi o Brasil inteiro, de uma única vez, se encantando com a quantidade e qualidade das músicas. Tínhamos músicas infantis de extrema qualidade. Os artistas criavam para as crianças. Existia uma preocupação para que elas participassem também da vida cultural do Brasil, coisa que não acontece mais hoje em dia", comenta o músico.

Paulo Aragão ainda recorda o sucesso dos filmes de Os Trapalhões: "Caso não tivesse filme deles em julho e dezembro, era como se não tivesse férias.". Intérprete do Fofão, Orival Pessini também fala sobre a criação do personagem que caiu nas graças do público. "Pensei que o ET (filme) era um bicho feio, asqueroso, mas fazia um baita sucesso. Tive a ideia de criar um ET, misturando tudo. Se vocês perceberem, o Fofão é um pouco de porquinho, urso, cachorro. O palhaço, que não deixa de ser... É um ser humano e um ET.".

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