A Claro Telecom Participações S.A., entidade brasileira que representa a América Móvil e que controla a Claro, Embratel e Net no País, registrou um prejuízo quase três vezes maior em 2015 no comparativo com o ano 2014 pro forma (já que a incorporação foi efetivada apenas no início do ano passado). Em seu balanço financeiro divulgado na terça-feira, 9, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa mostrou que conseguiu reverter 64,2% do prejuízo líquido no último trimestre, fechando o período com R$ 333 milhões. No entanto, no consolidado do ano, o prejuízo aumentou 168,8%, totalizando R$ 3,556 bilhões em 2015.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) aumentou 0,2% e 7,9% no trimestre e no ano, ficando assim em R$ 2,388 bilhões e R$ 9,852 bilhões. A receita líquida caiu 2,5% no quarto trimestre, ficando em R$ 8,530 bilhões. No consolidado do ano, houve aumento de 2,2%, totalizando R$ 33,695 bilhões.
4° trimestre
Considerando-se apenas o quarto trimestre, a companhia apresentou queda de 2,5% na receita líquida, para R$ 8,53 bilhões. O EBITDA aumentou 0,2%, para R$ 2,38 bilhões. O prejuízo líquido foi de R$ 333 milhões, menor 64,2% – sempre em relação ao resultado proforma.
A controladora mexicana da Claro, a América Móvil, atribuiu o desempenho da operação brasileira a uma “economia fraca”, embora as operação de banda larga e telefonia fixa tenha dado resultados positivos, e a móvel, os negativos. Houve queda na receita com voz e crescimento em dados e TV por assinatura.
A operação brasileira encerrou 2015, com 65,98 milhões de assinantes móveis, 7,2% a menos que em 2014. Foram desconectados 4,9 chips pré-pagos. A base do pós-pago cresceu 6,4% no ano, para 16,7 milhões. O churn (usuários que mudaram de operadora) foi de 5,1% no quarto trimestre de 2015, maios que os 3,2% de um ano antes. A receita média por usuário (ARPU) caiu 12,2%, para R$ 13. Os acessos fixos aumentaram 1,5% no ano, para 36,62 milhões. Segundo a companhia, 85% dos acessos em banda larga fixa são de 10 Mbps.
Aquisição da Blue
No comunicado enviado à CVM, a Claro destacou o aumento de capital ao final de janeiro com valor total de R$ 6,051 bilhões (com emissão de 33,6 milhões de novas ações no total), sendo a maior parte subscrita pela própria companhia (no valor de R$ 4,744 bilhões), enquanto o restante (R$ 1,270 bilhão) subscrita pela coligada Telmex Solutions Telecomunicações S.A..
Destacou ainda a aquisição da Brasil Telecomunicações (a operadora de TV paga Blue Interactive), transação já aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Anatel. A incorporação está em processo de revisão do valor dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos, e o cálculo final deverá ser concluído em até 12 meses a partir da data de aquisição do controle.
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