NET, Embratel e Claro acumulam prejuízo no trimestre

Assim como sua controladora mexicana, a América Móvil (AMX) registrou prejuízo nas operações da Claro, Embratel e Net no Brasil. Seguindo pelo balanço da entidade Claro Telecom Participações, que consolida a Embratel Participações (Embrapar), Embratel e Net Serviços na Claro S.A, a companhia apresentou prejuízo líquido de R$ 1,139 bilhão no trimestre. Embora ainda negativo, trata-se de uma recuperação de 0,3% na comparação proforma com o mesmo período de 2014. No entanto, no período de janeiro a setembro, o prejuízo foi de R$ 3,223 bilhões, mais de oito vezes maior do que no acumulado de 2014 (quando registrou R$ 391,8 milhões de prejuízo líquido).

A Claro Telecom mostrou receita líquida foi de R$ 8,414 bilhões no trimestre e R$ 25,165 bilhões nos nove meses do ano (9M15), um aumento de 4,4% e 3,8%, respectivamente, no comparativo proforma. O EBITDA ficou em R$ 2,510 bilhões (aumento de 12,9%) e R$ 7,464 bilhões (10,6%), respectivamente no 3T15 e 9M15.

A comparação é proforma porque a companhia só realizou a incorporação das subsidiárias em 31 de dezembro de 2014 e, por isso, os resultados com a soma de todas as operações só foram contabilizados a partir de 1º de janeiro de 2015. A companhia ressalta ainda que no último dia 13 de outubro aprovou em assembleia geral extraordinária a proposta de aumento do capital social da companhia, passando de R$ 6,841 bilhões para R$ 7,634 bilhões (aumento de R$ 793 milhões). Isso foi feito com a emissão de 18.288.796.002 novas ações ordinárias.

AMX Brasil

De acordo com o balanço financeiro da América Móvil, o total das receitas cresceu 1,3% e fechou setembro em R$ 9,064 bilhões. Nos nove meses, o aumento foi de 2,9% e o total de R$ 26,413 bilhões. A maior parte veio da receita de serviços, que aumentou 1,7% (R$ 8,809 bilhões) e 3,3% (R$ 26,253 bilhões) no trimestre e no acumulado, respectivamente.

De acordo com a empresa, a maior parte do aumento das receitas de serviços foi por conta de dados móveis (24%), enquanto a banda larga fixa cresceu 8,9% e a TV paga, 8,1% no comparativo anual. Já as receitas de voz (tanto em serviço fixo quanto móvel) estabilizaram em relação a outros serviços, ficando em cerca de 34% do total.

Por sua vez, as receitas fixas continuaram a representar a maior parte: R$ 6,134 bilhões e R$ 18,150 bilhões, com aumento de 3,7% e 5,4%. As receitas móveis mostraram queda de 3,3% no trimestre, total de R$ 2,903 bilhões; e de 1,8% nos três trimestres, total de R$ 9,022 bilhões. Apesar de ter havido queda na receita de serviços, com 2,6% (R$ 2,681 bilhões) e 1,2% (R$ 8,126 bilhões) no trimestre e no acumulado, a maior queda proporcional foi a das receitas com equipamentos: 10,2% no comparativo com o 3T14, totalizando R$ 249 milhões. No acumulado dos nove meses, a área registrou R$ 896 milhões, recuo de 6,2%.

Em lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), a América Móvil registrou no Brasil um aumento de 12,4%, totalizando R$ 2,461 bilhões no trimestre, e de 8,9% no acumulado, totalizando R$ 7,282 bilhões. Isso representa 27,1% e 26,8% das receitas, respectivamente no trimestre e no período de janeiro a setembro. A AMX diz que "várias iniciativas de redução de custos, a integração das três entidades operacionais no Brasil e a finalização de vários dos trabalhos de investimento que têm estado em processo por algum tempo estão por trás dos ganhos no EBTIDA".

Operacional

De acordo com o balanço financeiro, a Claro aumentou a base brasileira em 1% no comparativo com o terceiro trimestre de 2014, fechando setembro com 70,353 milhões de acessos móveis. Desses, 16,137 milhões eram de pós-pago, aumento de 6%. Já a base pré-paga caiu 0,4%, totalizando 54,216 milhões.

Em linhas fixas, que incluem telefone, banda larga e TV paga, a América Móvil cresceu 3,4% no Brasil. Em setembro, a companhia possuía 36,766 milhões de unidades geradoras de receita (UGRs).

Os minutos de uso (MOU) caíram 20,2%, ficando em 97 MOU mensais. A receita média por usuário (ARPU) caiu 14,6% e agora é de R$ 13. A taxa de fuga dos usuários (churn) aumentou 0,2 ponto percentual (p.p.) e ficou em 3,5%.

Anderson Ramos

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