Depois de excelentes taxas de crescimento, entre 2007 e 2013, onde o brasileiro tinha uma condição financeira melhor e facilidades para adquirir TV paga, o setor agora está em alerta.
Em 2015 houve uma pequena retração nesta subida, mais visível na perda do número de assinantes - foram 500 mil assinaturas canceladas até setembro deste ano -. Os anunciantes também estão mais seletivos e o dinheiro não entra tanto como entrava na primeira parte desta década com mais facilidade.
O fato é que, mesmo com o setor indo bem internamente, a crise afetou diretamente a produção e a contratação de gente. Além disso, tem um outro fator importante: o crescimento do on demand.
Netflix e HBO Go - além de outras plataformas como o Esporte Interativo Plus - oferecem a assinatura de seus conteúdos sem propriamente a pessoa ser assinante de TV por assinatura.
Ou seja, se você tem o direito ao catálogo destas três, por exemplo, você tem séries de qualidade, filmes e até mesmo esporte de qualidade. Se a pessoa tem tudo isso, por que assinar um pacote de TV paga?
O modelo aqui no Brasil começa a ser desafiado a criar e a dar um porquê ao público pagar por uma pacote caro, se com até 50 ou 60 reais no máximo, ele pode ter todo o conteúdo que lhe interessa.
Esta tendência já acontece com mais força nos Estados Unidos. O Netflix e o HBO GO já tiram o sono dos executivos de operadoras de TV por assinatura, mas ao bem da verdade, por lá, houve uma reinvenção do formato, com pacotes mais baratos e populares, algo que precisa acontecer no Brasil.
No entanto, a expectativa é que, para 2016, as assinaturas fiquem mais caras em vários estados, tudo por causa de aumento de impostos do governo. O futuro parece difícil para a TV paga. Cabe a ela mostrar que vale a pena.