“Quem assiste à Liga dos Campeões (campeonato de futebol europeu) pode até mudar de canal, mas não vai pagar mais caro para isto”. Esta frase, de Rodrigo Marques, diretor executivo de Gestão e Inovação da NET, traduz a preocupação do segmento pela disputa que passa o mercado mundial na busca da exclusividade da programação esportiva.
Com o crescimento do mercado das empresas de streaming de vídeo e das operadoras de TV por assinatura, as emissoras de TV aberta e seus grupos econômicos começaram a apostar nos eventos esportivos para se diferenciar. Esse é o caso do grupo norte-americano Turner, que, no Brasil, comprou o Esporte Interativo , lançou um canal exclusivo de esporte e comprou o campeonato europeu.
Para Alberto Pecegueiro, diretor geral da Globosat, o brasileiro tem um comportamento muito diferenciado, pois tem uma forte demanda fora dos pacotes básicos.” O consumo de horas vídeo não linear da Globosat já ultrapassa a audiência da HBO linear”, afirmou ele.
Diego Guebel da Band, e Fernando Medin, da Discovery, discordaram sobre o real papel do conteúdo local para o crescimento do serviço de TV paga, quando Guebel elogiou a nova lei de cotas brasileira. Mas todos comemoraram o fato de que, atualmente, os canais de TV paga conquistaram mais audiência do que os canais de TV aberta nos pacotes de programação. O debate foi travado na ABTA 2015.