Operação interrompe sinal da pirataria da TV paga na Copa do Mundo


Uma operação antipirataria, coordenada por operadoras de TV paga, foi feita durante a transmissão da Copa do Mundo do Brasil, no ano passado. Só agora detalhes dessa batalha vazaram, aos quais o site UOL obteve acesso com exclusividade.

A operação, realizada por programadores e hackers remunerados, derrubou o sinal de aparelhos "piratas" instalados no país para furto de sinal de TV. O ataque ocorreu repetidamente em quase todos os dias em que a seleção brasileira jogou na Copa.

O ataque teve uma certa "maldade" por parte das equipes, que a prepararam com antecedência.

A operação funcionava da seguinte forma

O ataque à pirataria começava sempre poucos minutos antes de começarem as partidas.

Nas regiões em que a ação conseguiu derrubar o sinal, houve irritação e protestos por parte de usuários dos aparelhos piratas.

O requinte de maldade incluso no "pacote" foi que os hackers liberavam novamente o sinal pirata quando chegava o intervalo das partidas.

Mas essa alegria durava pouco porque, pouco antes de começar o segundo tempo, o sinal era bloqueado novamente.

O problema é que, em poucos minutos, ou às vezes horas, os "barões da pirataria" (fornecedores de equipamentos e software pirata) conseguiam contornar a ação e recuperavam a transmissão ilegal. Pelo menos até a partida seguinte do Brasil, quando então as operadoras e seus hackers voltavam à carga novamente, por outra "porta" de ação.

A mensagem dessa operação por parte das operadoras foi clara: um usuário pode até ter TV pirata, mas nunca terá sossego, estabilidade e qualidade de serviço.

Há outra mensagem embutida em todo o caso: a despeito do que as operadoras fizerem contra os piratas de sinal, eles sempre acabam se recuperando.

Preço demais

Muita gente defende a pirataria sob o argumento de que as operadoras "cobram demais" por pacotes e oferecem serviço de pouca qualidade (o que não deixa de ser verdade), mas calcula-se que o furto de sinal de TV por assinatura no Brasil cause prejuízos anuais em torno de R$ 5 bilhões.

Esse prejuízo vale não só para operadoras, mas também para fornecedores de conteúdo, artistas e principalmente governos, que perdem bilhões em impostos sonegados e com o contrabando de aparelhos.

Calcula-se que no Brasil haja pelo menos 4,5 milhões de instalações piratas, entre furto de sinal de satélite e de TV a cabo. Ainda há uma terceira modalidade de furto, que é a de furto de sinal por meio de internet.

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