Segundo Edgar Diniz, presidente do canal Esporte Interativo, o objetivo da Turner com a aquisição do EI é expandir a penetração do canal nas operações de TV por assinatura e ter um canal competitivo na compra de direitos nesta plataforma. "No fundo, todo mundo sabe que é esse o caminho. Essa questão regulatória é por falta de conhecimento dos contratos que temos com as empresas de radiodifusão, ou então receio do aumento de competição na televisão", disse o executivo,referindo-se às afirmações dadas a este noticiário pelo presidente da Abert na última sexta, dia 30.
Segundo Diniz, o Esporte Interativo não tem nenhuma concessão de televisão aberta e o modelo de negócios com o grupo Estadão, dono da TV Eldorado de Santa Inês/MA e sua repetidora em São Paulo, e com as outras emissoras que transmitem o Esporte Interativo em TV aberta é de licenciamento de conteúdo. "Todos os grandes grupos estrangeiros que estão na TV paga brasileira também licenciam conteúdo na TV aberta", disse.
Questionado sobre a operação destes canais, Diniz afirma que o Esporte Interativo não tem ingerência sobre a grade de programação, cabendo aos donos destes canais a formatação da grade. "Nem todos os canais licenciam o mesmo volume de conteúdo", completa. No entanto, sobre a publicidade inserida nos programas do Esporte Interativo, Diniz diz que a comercialização acabe, sim, ao canal esportivo. "A marca Esporte Interativo é anterior ao canal de TV. Quando nós tínhamos o mesmo tipo de contrato para levar o conteúdo com publicidade à RedeTV! e, mais tarde, à Bandeirantes, ninguém dizia que éramos controladores de concessão", completa.
Segundo Diniz, que segue no comando do Esporte Interativo após a aquisição por parte da Turner, não está nos planos abandonar o negócio com estes canais de radiodifusão aberta e na parabólica. No entanto, diz, "o foco é fortalecer o canal de TV paga, o resto é assessório".
Tags
Notícias