A Telefónica apresentou à Vivendi oferta de compra da GVT no valor de R$ 20,1 bilhões (cerca de US$ 6,7 bilhões), conforme fato relevante publicado nas primeiras horas desta terça-feira (5). Pela proposta, a operadora pagaria em dinheiro R$ 11,9 bilhões e o restante seria remunerado com a entrega das novas ações a serem emitidas, representativas de 12% do capital social da Telefônica Brasil após a integração desta com a operadora do grupo francês.
A oferta contempla também que, a possibilidade de oferecer ao grupo francês a aquisição, em dinheiro, o equivalente a até 1,11 milhão de ações ordinárias da Telecom Italia, caso esteja interessado em adquirir uma participação estável na operadora italiana. Atualmente, a Telefónica detém 8,3% do capital social com direito a voto da controladora da TIM. Nesse caso, a transferência das ações aconteceria quando do fechamento da operação entre Vivendi e Telefônica Brasil.
A oferta é válida até o dia 3 de setembro e a sua realização está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Anatel.
Segundo a Telefônica, os recursos necessários ao financiamento da aquisição seriam obtidos mediante aumento de capital a ser realizado na Companhia, com a subscrição pela Telefónica, e demais companhias do grupo, na proporção das respectivas participações no capital social da Companhia, observado o direito de preferência dos demais acionistas.
A oferta da Telefónica foi apresentada após fortes rumores de que a Telecom Italia preparava oferta para compra da GVT, inclusive com o apoio dos bancos italianos Mediobanca e Intesa Sanpaolo.
Vivendi
Em nota, a Vivendi confirma que recebeu a proposta da Telefónica e que deve considerá-la na próxima reunião do conselho de administração. Mas afirma que nenhuma subsidiária do grupo está a venda. “A estratégia é a criação de um grupo industrial com foco no crescimento orgânico de seus negócios”, afirma a companhia francesa na nota. A próxima reunião do conselho de administração da Vivendi será no dia 28 deste mês.