Com a entrada em operação do satélite SES-6 em junho do ano passado, as atenções da Oi se voltam todas para a oferta de serviços DTH, enquanto a solução de IPTV por meio de fibra até a residência (FTTH) acaba ficando em segundo plano. A empresa chama a estratégia de "universalização do HD", prevendo migrar até 2017 todos os acessos que ainda estão no Amazonas (61ºW), da Hispamat, para o novo satélite. "Quando migrarmos os clientes para o SES-6, todos vão ser em HD", declara o diretor de segmentos da Oi, Eduardo Aspesi, em coletiva de imprensa durante a Feira e Congresso ABTA 2014 nesta terça, 5.
Segundo Aspesi, a migração será finalizada em dois anos e meio, mas isso não significa que já não há uma movimentação para aproveitar a maior capacidade disponível. Atualmente, todos os clientes novos já recebem programação em HD por meio do SES-6, e cerca de 70% da base de 886,55 mil acessos (dados de junho de acordo com a Anatel) da operadora possui canais em alta definição.
A estratégia da Oi é de oferecer conteúdo em alta definição mesmo nos pacotes básicos, além de oferecer ao assinante uma organização da grade de canais com um mix com programação em diferentes resoluções. O canal da Sportv, por exemplo, é o número 39, em vez de ficar agregado a outros canais em HD. "Muda toda a relação com a TV. Não é um produto premium", afirma o diretor da Oi TV e Fibra, Ariel Dascal.
Mas a operadora testa conteúdos high-end. O executivo diz que a capacidade do SES-6 permitiu inclusive a transmissão de quatro canais em ultra resolução durante a Copa do Mundo. "A Oi está preparada para o 4k no satélite", garante.
Por outro lado, a solução de fibra com IPTV, já implantada, não parece se enquadrar na estratégia da empresa. "Temos FTTH no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, mas a massa crítica é o DTH, é a nossa prioridade total", afirma Dascal. "O custo de adquirir os equipamentos tem que decrescer, que é o que já ocorre, para a gente atacar a posteriori", complementa.
PPV
A Oi aproveitou a ABTA para lançar dois novos serviços para seu serviço de TV: o gravador digital e a plataforma de video on-demand (VOD) Oi Filmes. Este último é ofertado como um pay-per view de filmes, com 12 canais em HD, mas utilizando uma janela de distribuição semelhante a de plataformas over-the-top como o iTunes. Todas as sextas-feiras, a operadora atualiza a grade com novos lançamentos de produções campeãs de bilheterias. Os filmes podem ser assistidos por 24 horas e custam R$ 10 cada. "Enquanto a concorrência elimina canais, a gente tem disponibilidade e espaço por causa do novo satélite", comemora Eduardo Aspesi. O serviço está disponível a partir do pacote de entrada Oi TV Start HD. Por enquanto, o conteúdo está sendo integralmente armazenado no set-top, mas em breve a Oi deve introduzir uma caixa híbrida que permitirá o streaming de conteúdos pela rede banda larga.
A outra novidade foi a chegada do DVR, que será lançado ainda este mês e conta com capacidade de 500 horas de gravação em 500 GB de espaço no set-top box. O lançamento permite gravar até dois canais ao mesmo tempo, além de poder ser configurado para armazenar somente capítulos novos da série ou novela. Todos os assinantes de TV da Oi podem contratar o serviço Oi Total HD DVR com 178 canais (42 em HD) a partir de R$ 109,90 no combo com telefone fixo e banda larga.