O presidente da NET Serviço, José Antonio Félix, afirmou hoje, 5, que após a conclusão da fusão do grupo América Móvil no Brasil - autorização da Anatel foi comunicada ao mercado na semana passada -, não irá eliminar as marcas das três empresas, que continuarão a atuar com suas próprios posicionamentos de mercado. “As marcas se mantêm. Até porque elas são muito fortes. A Embratel cuidando do mercado corporativo; a NET, na residência das pessoas; e a Claro, com o celular”, completou ele.
Segundo o executivo, não é possível fazer as contas dos ganhos que o grupo terá com esta fusão porque ainda é preciso saber o quanto haverá de economia com os impostos, que deverão ser integralmente repassados para a tarifa da Embratel, a única concessionária do grupo. Felix assinalou que as fusões estão ocorrendo, porque este é um setor de altíssimos investimentos e as empresas precisam manter a margens acima de 30% a 40% se quiserem continuar a competir. “No caso da NET, o nosso pay back só ocorre em cinco anos, e apenas com ganho de escalas”, afirmou.
TV paga cresce, mesmo com PIB baixo
Segundo ele, o segmento de TV paga continua a crescer e a NET mantém o crescimento de 20% por trimestre. Em sua avaliação, este desempenho se deve aos investimentos na expansão da rede e nas novidades que a empresa tem apresentado. Mesmo com baixo crescimento do PIB e alta inflação, Felix não acredita que o segmento deixará de crescer. Para ele, isso só ocorre se houver de fato uma crise econômica, com o corte de emprego. “O brasileiro já entendeu o que é o serviço de TV e não consegue viver sem banda larga. Ele só vai cancelar esses serviços se houver crise econômica com perda de emprego”, afirmou.