A NET defende e precisa de uma regulamentação rápida para o preço de aluguel dos postes. “Infraestrutura essencial e sob o monopólio deve ser regulada”, defendeu Fernando Magalhães, diretor de Programação da NET Serviços, no 38 Encontro Tele.Síntese. Segundo ele, a empresa aluga hoje 25 milhões de postes nas 180 cidades onde atua, e acaba sendo obrigada a conviver com preços os mais desbaratados possíveis. “Nós resolvemos não recorrer à justiça, aguardando pelo regulamento”, afirmou.
O executivo assinalou que no início da implantação da rede da NET, a operadora conseguiu negociar com as principais concessionárias de energia – de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitibva- valores entre R$ 2,00 a R$ 3,15 por poste, por mês.
Com a liberalização do mercado trazida pelo regulamento do novo serviço de TV paga, o SeAC, e expansão para outras cidades, a operadora assistiu ao preço médio do poste aumentar. “Agora, o preço médio chega a R$ 9,5” disse ele.
Magalhães disse ainda que as concessionárias de energia estabelecem os mais diferentes tipos de exigências, chegando a exigir até mesmo carta de fiança bancária. Em algumas localidades a NET é obrigada a pagar até R$ 14,00 pelo poste.
Abrint
O presidente da Abrint, Basílio Perez, afirmou, por sua vez, que o problema da falta de espaço nos postes só ocorre nos grandes centros. Nas pequenas cidades, salientou, as pequenas operadoras de telecom sofrem com os altos preços cobrados de maneira discriminatória, visto que as grandes operadoras, concessionárias, pagam valores muito menores. “Se não for regulamentado de maneira justa, vamos pleitear a isonomia de tratamento” afirmou.