TV paga: brasileiros desejam pagar apenas pelos canais que assistem


Os brasileiros querem pagar tão somente pelos canais que assistem. Essa foi a resposta dada pela metade dos entrevistados no país pela Amdocs em levantamento sobre o mercado de TV paga e os OTTs. No mundo, na definição de TV paga ideal, estão a oferta adicional de vídeo game online (23%), acesso a redes sociais (21%); serviço de música (18%) e conteúdos gerados pelos próprios usuários (17%). 19% dos entrevistados também preferem fechar o pacote básico para comprar à parte, canais de sua preferência. 

Serviços melhores de atendimento também são vistos como diferencial para fidelizar o cliente. Mas o brasileiro tem uma característica distinta: ele ainda está muito ligado à TV e, menos, ao contéudo nos dispositivos móveis."A personalização é o nome do jogo. Quem souber trabalhar, filtrar e desenhar um conteúdo efetivo vai fidelizar o cliente", explica o vice-presidente da Amdocs no Brasil, Nelson Wang. 

Segundo ele, o consumidor brasileiro não quer gerenciar várias contas, por exemplo. "O Netflix é um aliado das operadoras. Isso precisa ser visto assim. Eles têm programação, mas não podem garantir a qualidade de rede. Um bom atendimento. OTTs e operadoras juntas podem desenhar produtos melhores", sustenta o executivo.

O estudo da Amdocs revela também que o cliente está disposto a pagar 10% a mais por uma experiência incrível nas áreas de conteúdo (62%), disponibilização em múltiplas plataformas (44%), interface amigável (30%) e customer service (25%). "Isso é importante. Hoje o atendimento pode não ser ideal,mas o cliente pode ligar e falar. As OTTs não têm isso", pondera Wang.

Com relação à disposição de pagar apenas pelos canais que assistem demonstrada pelos brasileiros, Wang diz que essa é uma tendência no mundo, com maior ou menor intensidade, mas diz que o ecossistema precisa dialogar.

Durante o Broadband Forum, realizado nesta terça-feira, 03/06, na capital paulista, o presidente da NET, José Félix, deixou claro que muitas vezes é obrigado a ceder. "Queremos comprar um canal e os programadores nos impõe outros tantos e não temos como não aceitar. Essa é uma realidade do nosso mercado", decretou. A pesquisa da Amdocs ouviu assinantes de 11 países, entre eles, o Brasil.

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