Patuano disse que não há oferta para compra da TIM no momento, mas vê sentido em acordo futuro com a GVT



O presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, afirmou ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que o interesse da companhia é investir mais no país, para fortalecer a TIM Brasil. Segundo ele, não há oferta para compra da operadora brasileira, mas não descartou a possibilidade de um futuro acordo com a GVT que, na avaliação do italiano, “são empresas complementares”. Ele afirmou, no entanto, que no momento não há qualquer negociação.

Patuano disse que está no Brasil para falar pela Telecom Italia para as autoridades do país. “Nesse período, muita gente falou da Telecom Italia, dos interesses da Telecom Italia. Eu acho que a Telecom Italia é quem tem que falar pela Telecom Italia. Então fizemos esta visita ao ministro”, disse. “O Brasil é core marketing. Essa é a posição da Telecom Italia”, ressaltou o executivo, ao final do encontro.

Sobre a decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que exige a venda da TIM pela Telefónica, após aumentar sua participação na Telecom Italia, o executivo disse que essa pergunta tem que ser feita à operadora espanhola. “Nesse momento não há nenhuma oferta pela TIM, não há essa discussão”, assegurou.

O presidente da operadora italiana disse que nunca viu uma prestadora que dizem estar sendo fechada aumentar os investimentos, como está fazendo a TIM. “No ano passado aumentamos os investimentos em R$ 500 milhões. Este ano vamos aumentar de novo os investimentos. O nosso compromisso agora é ter a melhor companhia que podemos fazer”, disse Patuano. As aplicações previstas pela TIM para este ano estão perto de R$ 4 bilhões ou mais de R$ 11 bilhões entre 2014 e 2016.

Sobre as notícias de um possível acordo com o grupo Vivendi, Patuano disse que não passam de especulação, embora tenha uma verdade. “A TIM é uma companhia muito boa que faz telefonia móvel e a GVT, todo mundo sabe, é uma ótima companhia que faz telefonia fixa. Tem uma possibilidade de juntas resultarem em uma companhia ótima. Porém nesse momento não estamos falando [nisso]”, ressaltou.

Patuano não quis fazer previsões futuras sobre a TIM. “Eu aprendi na vida que o melhor é trabalhar no dia a dia e o mercado brasileiro tem muitos temas concretos para se tratar no dia a dia”, disse. O executivo afirmou que o interesse agora da operadora é investir pesado na banda larga móvel, já que enxerga no mercado brasileiro uma oportunidade fantástica para esse serviço. E deixou claro que está interessado na frequência de 700 MHz, que será leiloada em agosto.

- A Telecom Italia está no Brasil há décadas. A TIM é uma companhia mais ou menos integralmente brasileira. Temos tido resultados muito bons, agora estamos fortalecendo a companhia em todos os níveis, financeiro, industrial, tecnológico e pessoal. Estamos contratando outras pessoas, necessitamos de engenheiros. Estamos aqui para fazer um bom trabalho”, disse Patuano.

O presidente da Telecom Italia, entretanto reconhece que o mercado financeiro tem a sua dinâmica, e disse que respeita essa dinâmica, mas sustenta que, obviamente, alguns têm interesses diferentes dos da companhia. “Nesse momento nosso interesse agora é fazer a melhor companhia possível e acho que o mais importante é que se o governo tenha alguma dúvida, pode nos chamar. O que não pode acontecer é todo mundo falar pela Telecom Italia, exceto a Telecom Italia”, concluiu o executivo, em bom português.

Anderson Ramos

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