Serviços como Netflix não é um rival da TV paga são complementos, diz presidente da ABTA

Serviços como Netflix não ameaçam a existência da TV paga. (Imagem/Divulgação)
Para o presidente da ABTA, Oscar Simões, serviços de streaming como Netflix e outros que não são um rival a TV paga e não ameaçam existência do serviço. Pelo contrário.

No último dia 27, o presidente da Netflix, Reed Hastings, fez previsão durante o evento Mobile World Congress, que, em 20 anos, até 90% dos vídeos estarão online.

“As novas formas de consumo de vídeo são complementares e não ameaças à TV por assinatura”, afirma Simões, contrariando quem vê rivalidade entre plataformas.

“ Isso é uma nova oportunidade de crescimento e não um risco”, declara. Para ele, o que representa risco é a competição desigual entre as operadoras, que já pagam inúmeros impostos, e novas plataformas --como o streaming-- que oferecem vídeos sem precisar cumprir as mesmas exigências tributárias e regulatórias.

Leia a seguir trecho da entrevista exclusiva do presidente da ABTA ao UOL:

A chegada de novos serviços como Netflix não coloca em risco o futuro da TV por assinatura?

Oscar Simões - "As novas formas de consumo de vídeo são complementares e não ameaças à TV por assinatura. O setor de TV paga também oferece um amplo cardápio de vídeos sob demanda, que pode igualmente ser acessado pela internet – e com muito mais opções de títulos do que outras plataformas.

A TV por assinatura agora pode ser vista em qualquer lugar, a qualquer momento e em diversos dispositivos. Isso é uma nova oportunidade de crescimento e não um risco.

O que representa, sim, um risco é a competição desigual com novas plataformas, que oferecem vídeos pela internet sem precisar cumprir as mesmas exigências regulatórias e tributárias que a TV por assinatura.

O setor de TV paga defende isonomia nesta concorrência, mas isto não significa que defendemos mais tributação e regulação para as novas formas de entrega de vídeo.

Acreditamos que a melhor maneira de incentivar o acesso da população à TV por assinatura --um serviço desejado pelos consumidores– é reduzir a carga tributária e regulatória das operadoras e programadoras deste setor."

Recentemente houve uma queda de braço entre o Grupo Fox e a Sky. A operadora teve de se dobrar e melhorar a remuneração dos canais Fox depois que eles saíram do ar. Esse tipo de pressão contra operadoras não tende a crescer nos próximos anos?

Oscar Simões - "A negociação entre operadores e programadores é livre e faz parte da dinâmica deste mercado. A ABTA não emite opiniões sobre negociações entre seus associados."

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do O Universo da TV.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato